O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Ceará, no que tange a fiscalização da pesca predatória, tem trabalhado desde dezembro do ano passado com a "Operação Lagosta", que também inclui camarões, peixes e crustáceos. Desde que foram adquiridas lanchas rápidas pelo órgão, a fiscalização tem ocorrido com maior periodicidade, informa o chefe de fiscalização do Ibama, Rolfran Cacho Ribeiro. Conforme explica, em todos os 573km do litoral cearense que vêm sendo percorridos, já foram apreendidos 30 barcos sem documentação.
Mesmo sendo a pesca uma das atividades mais antigas feita pelos homens, existe uma grande quantidade de pessoas fazendo de maneira incorreta. O que tem acontecido no litoral cearense, principalmente nas praias de Acaraú, Fortim, Aracati, Camocim e Mundaú é a pesca de arrastão, informa Rofran Ribeiro. Esta modalidade, que utiliza extensas redes, é uma prática que causa danos à biodiversidade marinha.
Quando os barcos motorizados arrastam as redes, que por sua vez são muito finas, elas varrem o que está no fundo do mar e trazem tudo o que encontram pela frente, inclusive organismos que acabam sendo desprezados por não possuirem valor comercial. Ainda de acordo com o chefe da fiscalização do Ibama, o escritório de Aracati tem feito trabalhos de educação ambiental para tentar orientar as comunidades dos prejuízos da pesca predatória.
"Tentamos explicar, fazemos reuniões nas comunidades. Naquela faixa onde eles pescam há muitos peixes pequenos, e eles sabem que existem outras alternativas, até mesmo a pesca de arrasto pode ser feita, desde que em barcos a vela e não pelos motorizados. As comunidades a denunciam, porque os demais pescadores fazem arrasto com barcos motorizados", diz
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