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quarta-feira, 14 de março de 2012

MUNDO: País pouco menor que o município de Acaraú pode desaparecer do mapa na Oceania


O mundo não deve acabar em 2012, mas um pequeno país-arquipélago da Oceania, Kiribati, pode estar com os dias contados. O maior culpado é o aquecimento global, que está gerando o derretimento do gelo nos pólos e aumentando o nível do mar.
Essa elevação marítima é especialmente perigosa para Kiribati, de 811 km² (o equivalente a um pouco que o município de Acaraú no Ceará), e formado basicamente por atóis (ilhas baixas formadas a partir de recifes de coral). Para tentar evitar o fim da nação kiribatiana, que tem o ponto mais alto situado a apenas 81 metros, o presidente daquele país, Anote Tong, quer mudar os 103 mil habitantes de lá para Fiji, país-arquipélago situado a 2250 km.
Kiribati é um dos países mais ameaçados pelo aumento do nível do mar causado pelo aquecimento global Imagem: Panoramio 
“Não gostaríamos de colocar todo mundo em um pedaço de terra, mas se isso se tornar absolutamente necessário, sim, podemos fazer. Isso não seria uma medida para mim, pessoalmente, mas para a geração mais nova. Para eles, mudar não seria questão de escolha. Isso vai ser uma questão de sobrevivência”, afirmou o presidente de Kiribati.
O principal candidato à novo território de Kiribati é um terreno de 24 km² (área equivalente a aproximadamente oito bairros fortalezenses) colocado à venda por um grupo religioso fijiano pela importância de US$ 9,6 milhões. Anote Tong espera que o parlamento de sua nação aprove a compra do terreno até abril para então passar a discutir mais diretamente com o governo de Fiji, a medida emergencial.
Kiribati, além de ser um dos países mais ameaçados do mundo, é um dos mais isolados. As 33 ilhas (sendo 20 habitadas) que formam a pequena nação estão espalhadas por uma área de 5 milhões de km² (pouco menos que as áreas somadas do Norte e do Nordeste do Brasil) pelo Oceano Pacífico.
Alternativas à mudança e estratégias de mudança
Apesar de estar considerando seriamente a possibilidade de evacuar toda a população kiribatiana para Fiji (ou outro país), o governo Tong também estuda construir escoras ou muros no mar, bem como uma ilha artificial, mas ambas as opções são tidas como muito caras para um país de economia modesta. O PIB de Kiribati é inferior a US$ 100 milhões por ano (pouco menor que o do município de Acaraú).
Assim, a mudança dos habitantes da pequena nação deve mesmo ser a alternativa mais provável, caso o nível do mar continue subindo e invadindo o território kiribatiano. Mas de acordo com o presidente de Kiribati, esse processo não seria feito de uma vez só. “As pessoas precisam encontrar emprego, não como refugiados, mas como imigrantes com conhecimento a oferecer”, afirmou Tong. Além de Kiribati, outros dois países da Oceania bastante ameaçados pelo aquecimento global e o aumento do nível dos oceanos são Tuvalu e Samoa.
Nos piores cenários previstos pelos cientistas, o nível do mar pode subir mais de 25 metros até 2100, o que ameaçaria não só esses pequenos países, mas também cidades litorâneas de baixa altitude, como a Capital cearense. Aliás, uma curiosidade é que se fosse possível viajar em linha reta, na direção leste-oeste, partindo de Fortaleza, um dos países que se cruzaria seria  justamente Kiribati.
Do blog
O arquipélago de Kiribati situado na Oceania Australiana tem uma população de 103 mil habitantes em uma área territorial estimada em 811 km², ficando no mesmo nível do mar, já o município de Acaraú localizado na costa nordeste do Brasil, tem atualmente cerca de 61 mil habitantes distribuídos em 842,884 km²  e uma elevação sobre o nível do mar de aproximadamente 7 metros. 

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