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sexta-feira, 11 de junho de 2010

PARANORMAL: Fenômeno sem explicação em cidade do interor do Ceará


Os moradores da pequena localidade de Cachoeira/BR, no município de Itatira, no Sertão cearense, estão amedrontados com o fenômeno que vem acontecendo há nove dias envolvendo alunos da Escola de Ensino Fundamental Eduardo Barbosa. Muitos definem como paranormais os sintomas apresentados por estudantes, na maioria mulheres, que manifestaram descontrole emocional, desmaios, gritos e chegaram a se debater por três ocasiões em menos de 15 dias, inclusive na última quarta-feira, quando sacerdotes estiveram na escola, entre eles o padre Élio de Freitas, estudioso de parapsicologia.

Toda a localidade parou para acompanhar a reunião que durou o dia inteiro na escola, que está fechada desde a última sexta-feira quando pelo menos 16 adolescentes apresentaram os sintomas. Padre Élio, que é pároco da igreja de São Francisco de Assis, no bairro Dias Macedo, em Fortaleza, foi ao município a convite do pároco da igreja de Nossa Senhora do Carmo, de Itatira, padre Abraão Correia. Na quarta-feira passada, foi só o padre Élio começar a falar e começou a se manifestar o fenômeno. Meninas desmaiando, gritando, debatendo-se, “como se estivessem em transe”, define uma mulher que estava na reunião e não quis se identificar. Ela disse que também chegou a passar mal vendo a cena.

Padre Élio, no entanto, pediu que não levassem as meninas para o hospital como vinha ocorrendo das vezes anteriores (últimos dias 2 e 4, quando foi celebrada uma missa na escola). “Foi um momento para conversar com eles (adolescentes) porque tinham dúvidas achando que era algo do além e não é ”, garante o padre Abraão. Como o padre Élio, ele descartou que se trate de fenômenos paranormais, mas disse que vai continuar acompanhando as meninas e rezando.

As declarações dos padres, no entanto, não chegaram a deixar os pais e os adolescentes tranquilos. “Eu senti uma forte dor no peito, desmaio e quando acordei, estava toda doída”, disse uma estudante de 12 anos que já teve os sintomas três vezes. Segundo ela, o mesmo sentem as demais colegas de escola com idades entre 11 e 16 anos. 25 delas já passaram pela situação e foram levadas aos hospitais de Canindé e Madalena.

Uma sugestão dada pelo padre Élio Freitas foi acatada pela Secretaria municipal da Educação. Foi iniciado, ontem, o acompanhamento das adolescentes, que estão em casa, por profissionais de saúde do Centro de Referência de Assistência Social (Cras). O secretário municipal da Educação, Antônio Inácio dos Santos, a diretora da Escola Eduardo Barbosa, Florência Barbosa, duas psicólogas e uma assistente social do Cras passaram a manhã visitando as adolescentes e familiares.

Segundo a assistente social (que não quis revelar o nome) trata-se de “um contágio psíquico”. Quando uma tem os sintomas, outras manifestam o mesmo. As adolescentes moram muito próximas e todas têm problemas familiares. Segundo o secretário, as alunas e o aluno que tiveram as manifestações vão continuar sendo acompanhados pela equipe do Cras. As aulas, segundo a diretora da Escola Eduardo Barbosa, Florência Barbosa, recomeçam na próxima segunda-feira.

E-Mais

Quinhentos adolescentes e crianças estão matriculados na Escola de Ensino Fundamental Eduardo Barbosa, a maior da localidade de Cachoeira/BR que fica a 50 quilômetros da sede de Itatira. As salas são de primeiro ao nono ano do ensino fundamental pela manhã e à tarde. No período noturno, estudam adolescentes do Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Uma adolescente de 16 anos que estuda no período noturno foi a primeira a manifestar os sintomas como dores de cabeça, desmaios, gritos e se debatendo. Há quem afirme que 33 estudantes já apresentaram alguns desses sintomas quando estão na escola, sendo apenas um estudante do sexo masculino. Os alunos
foram levados para os hospitais dos municípios de Canindé e Madalena (que ficam próximos a Itatira).

O padre Élio explicou ainda que as famílias dos adolescentes receberam visitas. “Para entender o que estava se passando, fomos até a casa dosaber da situação das famílias. s alunos, conversar com os pais.

 
Fonte: Jornal O Povo

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