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sexta-feira, 10 de julho de 2009

CARCINICULTURA NO ACARAÚ: Meta é produzir 19% a mais em 2009


Governo, financiadores, incentivadores e produtores de camarão estiveram reunidos ontem, durante reunião do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense (Agropacto), para discutir potencialidades do setor no Estado. Uma das metas apontadas foi o incremento de 19% na produção total para 2009, podendo atingir o patamar de 25 mil toneladas, mesmo com as dificuldades geradas pelas fortes chuvas que caíram neste ano no Ceará. “O encontro nos deu condições de entender a real situação da carcinicultura no Ceará, conhecendo melhor os entraves e planejando ações para desenvolver o setor”, disse Cristiano Peixoto Maia, presidente da Câmara Setorial do Camarão do Agropacto.

A Federação de Agricultura e Pecuária do Ceará e Banco do Brasil — entidades mantenedoras do Agropacto — além da Agência de Desenvolvimento do Estado (Adece), Banco do Nordeste, UFC, Sebrae e produtores de camarão dos pólos de Acaraú, Aracati, Mundaú-Curu e Jaguaribe estiveram no encontro avaliando perspectivas para exportação de pescado.

“Foram 21 mil toneladas de camarão produzidas em 2008 no Ceará. Dessa quantidade, 10% foram destinados à exportação. O patamar já foi maior, porém, após as crises financeiras, desde 2003 a exportação perde fôlego e com o dólar baixo não compensa vender para fora. Esse é um dos entraves do setor. Queremos aumentar a quantidade, mas também a qualidade. Para isso, vamos implementar sistemas de certificação para a carcinicultura cearense, pois o mercado interno também exige um produto melhor. Hoje, Aracati e Acaraú já tem produtores certificados”, adiantou o engenheiro de pesca Gláuber Gomes de Oliveira, coordenador das cadeias produtivas de pescado da Adece.

As exportações de camarão do Ceará seguem, fundamentalmente para a Europa, em países como França, Suíça e Alemanha. “Queremos ampliar a quantidade exportada da produção para 15%. Precisamos ir devagar, e perceber o comportamento do mercado. A última crise atingiu vários setores em diferentes países e nós não temos como fugir disso”.

O coordenador da Adece também explicou a dificuldade que o setor passa com a restrição das liberações de licenças ambientais. “Por questões judiciais, a emissão desses documentos deixou de ser realizada pela Semace e ficou por responsabilidade do Ibama. Isso dá mais lentidão aos processos. Só no Ceará funciona assim. O setor está empenhado em produzir sem desrespeitar as leis ambientais. Se houve erros no passado, já foram corrigidos. Precisamos das licenças para desenvolver a produção”.

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