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sexta-feira, 13 de abril de 2012

CINEMA: Crítica de Jornal detona filme de ficção brasileira "Área Q"


Na tentativa de se fazer um filme de ficção brasileira, Área Q dirigido Por Gerson Sanginitto é uma decepção total. A partir do tema que mistura humanos, extraterrestres, um jornalista americano, uma espiã do FBI e um cearense interpretado pelo galã Murilo Rosa - que perde seu sotaque quando é abduzido, já diz tudo. 
Nessa total falta de unidade, numa coprodução Brasil-Estados Unidos o ator Isaiah Washington da saudosa série Grey's Anatomy num jogo de vai e vem, com cenas passando arbitrariamente de um ano para outro, é enviado ao Brasil para investigar histórias sobre abduções e curas milagrosas.
Ele reluta, pois está a procura do filho desaparecido, que mais tarde vamos descobrir que foi também abduzido. Esse encontro da cultura americana com a  nordestina - em que muitos cearenses falam perfeitamente bem o inglês, tenta dar a Quixadá, no interior do Ceará  um certo ar de modernidade e até consegue fugir das obviedades que sempre são levadas em cena ao se falar de cidades do interior, mas isso é o único ponto positivo do filme. 
Com uma fotografia ruim dos anos 70 e uma sonoplastia que fere os ouvidos com zumbidos extraterrestres retirados de filmes B dos anos 50 não assustam, não sustentam a trama e só irritam.
Os efeitos com cara de defeitos especiais não ajudam em nada. O desenvolvimento da trama é lento e sem grandes surpresas, e o tédio só é interrompido algumas vezes com risadas quando se balança uma árvore para determinar o vento alienígena enquanto as do fundo ficam paradinhas. Apesar das tentativas de Isaiah e Murilo Rosa de tentarem criar alguma coisa com personagens inverossímeis, o roteiro não tem nuance alguma e falta profundidade ao que é dito. E para completar, o final do filme é tão inacreditável quanto ao resto. Só vale a pena assistir para os fãs de um suposto filme trash e ver o mico cinematográfico do ano da atriz Tânia Kalil fazendo uma espiã americana do FBI.
Cotação: º (Ruim) 


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