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quinta-feira, 8 de março de 2012

ECONOMIA: Juro menor ameaça rendimento da poupança


Um dia após a confirmação de que a economia brasileira desacelerou no ano passado e a promessa do governo de uma “ação mais forte” para retomar o crescimento, o Banco Central cortou o juro em 0,75 ponto porcentual, para 9,75% ao ano. Assim, a taxa Selic volta à casa de um dígito pela primeira vez desde o início de junho de 2010. A decisão colabora no esforço do governo em tentar reduzir a entrada de dólares no País, mas pode aumentar a urgência do debate sobre mudanças na regra da rentabilidade da poupança.
O atual ciclo de redução do juro começou em agosto do ano passado. Desde então, a taxa Selic havia caído 2 pontos e sempre em doses de 0,50 ponto. Agora, portanto, a taxa acumula queda de 2,75 pontos no período.
A maioria dos bancos apostava em corte menor, de 0,50 ponto. Nos últimos dias, porém, dados frustrantes do crescimento da economia e sinais repetidos de preocupação do governo com a entrada de dólares fizeram com que o mercado de juros futuros começasse a trabalhar com a hipótese de redução mais forte. Hoje, os negócios com juros futuros, por exemplo, indicaram que a maioria dos investidores apostava em corte de 0,75 ponto.
Os argumentos para reforçar a dose do corte de juros vieram à tona nas últimas semanas. O fato mais impactante veio na terça-feira, quando foi anunciado que a economia cresceu 2,7% em 2011, pior que o previsto pelo governo. Outros dados também ficaram aquém, como a produção industrial e a venda de veículos. Por isso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, prometeu reagir.

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