Cerca de dez alunos do campus de Acaraú do Instituto Federal do Ceará (IFCE), que integram o Laboratório de Ecologia de Manguezais (Ecomangue), coordenado pela professora Rafaela Maia, da área de Biologia do campus, realizam trabalhos de campo e de laboratório buscando a recuperação de áreas degradadas em Acaraú.
Em campo, são coletados dados, especialmente para conhecer as espécies que compõem a fauna e a flora da região de Acaraú. Em laboratório, esses dados são analisados para poder dar subsídios para a recuperação dessas áreas.
Nas visitas de campo, cada área é delimitada, identificando as espécies vegetais, medindo a altura e o diâmetro das árvores, assim como são coletadas amostras do sedimento. Também se verifica a temperatura, umidade e salinidade na área.
No laboratório, o Ecomangue faz a triagem das amostras de sedimento para retirar os animais que lá estão que são identificados e medidos. “Assim podemos permear a adequação ambiental na comunidade do entorno com mais propriedade”, explicou a professora Rafaela.
Mensalmente o Ecomangue realiza mutirões de limpeza da área e sensibilizam os moradores da região sobre a importância da preservação do ecossistema de manguezal. No dia 20 de dezembro, o Ecomangue, realizou um mutirão de limpeza do estuário do Rio Acaraú. Essa ação é parte do projeto de Recuperação de Áreas de Manguezal na Região de Acaraú, que conta com a coordenação da professora Rafaela.
A docente explicou que, em Acaraú, o mangue vem sofrendo muito com o acúmulo de lixo, especialmente de resíduos provenientes da região portuária do município além de cortes indiscriminados da vegetação. “Essa situação pode levar à fuga e morte da fauna associada e lixiviação, isto é, a retirada de componentes minerais do solo, daí a importância dos mutirões de limpeza”, explicou. Neste mês de janeiro, o Ecomangue produzirá mais mudas de mangue que serão utilizadas no replantio em áreas degradadas de Acaraú.
Fonte: Blog do Macário Batista
Nenhum comentário:
Postar um comentário