ACARAÚ SEM TERMINAL RODOVIÁRIO, ATÉ QUANDO?

Páginas

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

CONGRESSO NACIONAL: Presidente terá dificuldades em comandar agenda de votações, falta conversa com o Congresso por parte do Executivo, avalia Deputado Anibal Gomes


Clique para Ampliar

A presidente Dilma Rousseff terá muita dificuldade para comandar a agenda do Congresso neste segundo semestre de 2011, mesmo tendo trocado seus articuladores políticos. Além das recentes crises ministeriais que já derrubaram três ministros (Antônio Palocci - Casa Civil; Alfredo Nascimento - Transportes e Nelson Jobim - Defesa), a presidente terá que enfrentar o resultado de sua política de poucas concessões, pouco diálogo com os políticos e muita cobrança de trabalho parlamentar.

"Não sei como a presidente vai fazer. Não será um período fácil. Falta conversa com o Congresso por parte do Executivo. Ela tem que mudar sua maneira de conversar ou vai enfrentar muita dificuldade neste segundo semestre", avaliou o deputado Anibal Gomes (PMDB-CE). Segundo o deputado a presidente Dilma tem que investir em agradar aos congressistas, tentar votar o máximo de matérias este ano porque 2012 será um ano ainda mais difícil.

A redução de 10% no ritmo de execução das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), registrado no primeiro semestre do governo Dilma, também vai ser fonte de trabalho para Executivo e Legislativo. "Ninguém conhece a máquina pública mais e melhor que a nossa presidente, e eu tenho certeza que ela não está satisfeita com o ritmo das obras estruturantes do país, inclusive as do PAC que foram gestadas por ela quando Ministra da Casa Civil", avaliou o deputado Danilo Forte (PMDB-CE).

Clique para Ampliar

Descontentamento

A presidente terá que lidar diretamente com o descontentamento das bancadas dos partidos atingidos pelas críticas, acusações de corrupção e queda de ministros. Neste cenário se sobressai o PR, que virou um verdadeiro problema para Dilma, com a queda do ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento e agora o PMDB, de Nelson Jobim que caiu e de Wagner Rossi, Ministro da Agricultura, também foco de denúncias de corrupção em sua pasta.

Para tentar acalmar os ânimos o governo aprovou na última semana o convite para os ministros das Cidades, Mário Negromonte; das Comunicações, Paulo Bernardo; dos Transportes, Paulo Passos; do Desenvolvimento Agrário; Afonso Florence; e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; além do presidente da ANP - Agência Nacional do Petróleo, Haroldo Lima venham prestar esclarecimentos no Congresso.

Respeito

Para o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) falta habilidade política para a equipe da presidente Dilma e uma relação de respeito entre Executivo e Legislativo. "Isso já foi sentido no primeiro semestre e será muito mais agora neste segundo".

O deputado José Guimarães (PT-CE), vice-líder do governo não concorda com as críticas de má condução do diálogo político do Executivo com o Congresso e disse que a bancada governista "deve ajudar a presidente. Deve trabalhar para facilitar a aprovação de matérias importantes, como as reformas política e tributária."

Obras

10% foi a redução no ritmo de execução das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), registrado no primeiro semestre.

Nenhum comentário: