ACARAÚ SEM TERMINAL RODOVIÁRIO, ATÉ QUANDO?

Páginas

quarta-feira, 29 de junho de 2011

DESIGUALDADE: Renda domiciliar do CE é a quarta pior do País



Mesmo os empreendimentos que começam a chegar ao Estado e o suporte de programas assistencialistas não foram suficientes para uma evolução significativa na renda média domiciliar per capita no Ceará. Dentre as unidades federadas, o Estado ocupa a quarta pior posição no ranking divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com um rendimento médio de R$ 492,36. O valor só é superior ao registrado em Alagoas (R$ 481,54), Piauí (447,17) e Maranhão (R$ 404,99). Os estados do Nordeste, de maneira geral, detêm resultados pífios. Com o Pará (R$492,76), ocupam as últimas colocações e provam que os esforços pouco impactaram sobre as desigualdades regionais.

"O crescimento da renda domiciliar é uma dificuldade para todos os estados do Nordeste. É um perfil da região. Uma mudança de forma permanente passa de forma importante na qualidade da educação dos municípios", afirmou o diretor geral do Ipece (Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará), Flávio Ataliba.

´Cidade pobre´

Dos mil municípios com maior rendimento médio per capita domiciliar, apenas um fica no Ceará: Fortaleza, e na 353ª colocação, com nenhum destaque. A renda média por pessoa nas residências na Capital cearense é de apenas R$ 857,54, uma realidade bastante aquém da encontrada em municípios como Niterói (R$ 2.031,18), o primeiro da lista; ou Florianópolis (R$ 1.905,06).

"Fortaleza tem uma população grande e, conciliado com a baixa renda, contribui para essa baixa classificação. Esse número mostra que Fortaleza é uma cidade pobre", constata Ataliba.

Melhoria

Para o diretor do Ipece, a melhoria da saúde e da educação no Estado deve ser a mola que impulsionará os indicadores sociais locais. Segundo ele, a chegada de hospitais regionais ao Interior e a construção de escolas profissionalizantes contribuirão, ainda que no longo prazo, para a evolução da produtividade e consequente crescimento da renda.

Na opinião de Flávio Ataliba, os cearenses que serão qualificados, em diversas cidades do Interior, transformarão o perfil da mão-de-obra no Estado, e assim, o dos rendimentos.

"Se você quer mudar a distribuição de renda entre os estados, além de infraestrutura, é necessária a disposição da educação. Quando você investe na educação básica, por exemplo, o aluno será exigente e sempre buscará um serviço de qualidade. E isso se traduz em renda", pontua Ataliba.

Nenhum comentário: