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segunda-feira, 30 de maio de 2011

EDUCAÇÃO: 197% de universitários a mais no Ceará


As instituições de ensino superior no Ceará receberam 13.958 novos alunos em 1999. Em 2009, foram 41.229. O crescimento do número de ingressos foi de cerca de 197% no Estado em uma década, conforme o Censo da Educação Superior, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
A alta da quantidade de concluintes em graduação presencial foi de cerca de 139% no mesmo período -passou de 6.580 para 15.861 -, seguindo a tendência ascendente dos ingressos universitários. A quantidade de cursos apresentou um incremento de 58%.
Uma série de causas e consequências movimentam o cenário da educação superior no Ceará. Um dos resultados do investimento de tempo e dinheiro em estudo é que trabalhadores com curso superior alcançam uma remuneração 225% maior do que os que não havia concluído a faculdade no Brasil, em 2009, conforme dados Cadastro Central de Empresas 2009 (Cempre), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), semana passada.

Novos diplomados tornam o mercado de trabalho mais profissional e competitivo. Mas os avanços visíveis nos números são considerados insuficientes. De 40,2 milhões de trabalhadores assalariados no Brasil, 33,6 milhões (83,5%) não tinham nível superior em 2009. Ou seja, apenas 6,6 milhões (16,5%) de pessoas no mercado com curso superior naquele ano.

Mesmo quem já está no mercado busca se consolidar na atividade e ter uma remuneração maior. É o caso do webdesigner Herculano de Andrade, 56. Ele iniciou recentemente a faculdade de informática. “Queria fazer um complemento à minha formação, já que trabalho em uma área que envolve muito a internet. É um upgrade. Com isso, devo ganhar mais e dar mais qualidade de vida para a família”, comenta Herculano.
O Ceará é um dos que apresenta salários mais baixos para graduados. É também baixa a participação de formados no mercado de trabalho. Os menores salários médios são na Paraíba (2,3 salários mínimos) e Maranhão, Piauí, Ceará e Alagoas (2,5 salários mínimos cada, cerca de R$ 1.162,5). Os maiores foram no Distrito Federal, 6,7 salários mínimos, Rio de Janeiro, São Paulo e Amapá, 3,9 salários mínimos cada, e Roraima, com 3,6 salários mínimos, todos valores acima da média nacional (3,3 salários mínimos).

As unidades da federação que se destacaram, em 2009, na absorção do pessoal com nível superior foram São Paulo, com 40,9%; Rio de Janeiro, com 12,3%; Minas Gerais, com 8,9%; Paraná, com 6,4%; e Rio Grande do Sul, com 4,7%.
Expectativas

O pró-reitor de graduação da Universidade Federal do Ceará (UFC), Custódio Luís Silva de Almeida, sugere as áreas com maior demanda de mercado pelos próximos anos. Para ele, as diversas engenharias têm o maior potencial de empregabilidade. Indica também o ramo de saúde, cursos ligados ao turismo - como gastronomia -, além do curso de estatística. 

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