Dos 10.600 hectares do Perímetro Irrigado de Tabuleiros de Russas, administrado pelo Dnocs, só 3.200 estão a produzir.
A área restante já foi licitada – e faz algum tempo – mas até agora, por causa da burocracia própria de uma repartição pública, nenhum contrato de compra e venda foi assinado.
Esta é uma face da moeda; a outra face revela que, há 10 anos, a gerência do perímetro comunica, mensalmente, ao Dnocs a relação dos irrigantes inadimplentes – que não pagam o K-2, que é a conta da água – e nada acontece com eles.
No Perímetro Irrigado do Baixo Acaraú, também no Ceará, só 30% dos irrigantes produzem e pagam as taxas de água e energia; os outros 70% acham que água e luz são coisas que o Governo tem de lhes dar de graça.
A soma da inadimplência dos irrigantes com a falta de atitude do Dnocs – que teve cortados neste ano R$ 30 milhões destinados à gestão dos seus perímetros irrigados – dá como resultado a mixórdia que provocou, segunda e terça-feiras desta semana, a reunião, em Fortaleza, dos gerentes desses projetos, infraestruturados com dinheiro público – e bote dinheiro nisso.
O que fazer para que toda a área desses perímetros passe a produzir?
A saída mais fácil e rápida seria a sua estadualização.
Exemplo: o Governo do Ceará, por meio da Adece, está pronto para assumir a gestão das áreas irrigadas do Dnocs aqui.
Falta só a decisão política do Governo Federal.
Fonte: Blog do Egidio Serpa
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