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quinta-feira, 24 de março de 2011

CEARÁ: Relatório aponta problemas com abastecimento urbano de água em 133 cidades



Apenas 51 municípios do Ceará apresentam condições satisfatórias de abastecimento d’água. Elaborado pela Agência Nacional das Águas (ANA), o “Atlas Brasil - Abastecimento Urbano de Água” aponta necessidade de melhorias do serviço em 133 cidades. Do contrário, podem sofrer escassez do recurso a partir de 2015.

Os investimentos chegariam à ordem de R$ 1,03 bilhão em três eixos. O primeiro, e menor, seria o de obras de conexão a sistemas integrados, necessária nos muncípios de Baixio, Ipaumirim e Umari, e somando projetos de R$ 12,63 milhões.

O segundo contemplaria adoções de novos mananciais. Conforme a ANA, 28 cidades cearenses precisam desta ação, que dependeria da aplicação de R$ 347 milhões.

Já o terceiro eixo destaca a necessidade da adequação do sistema de abastecimento existente. Nele, 102 municípios são citados, incluindo Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Tauá, Barbalha, Quixeramobim, Juazeiro do Norte e Crato. A verba a ser utilizada no grupo ultrapassaria os R$ 671 milhões. 

No Nordeste, o Ceará é o terceiro estado mais carente de investimentos. Tem à frente apenas Bahia (R$ 2,5 bi) e Pernambuco (R$ 2,4 bi). Pelas contas da Agência, a Região deveria receber R$ 9,1 bilhões - R$ 1,4 bilhão à frente do Centro-Oeste, segunda colocada. No ranking nacional, o Ceará é o 5º estado com maior demanda. Além de Bahia e Pernambuco, fica atrás de São Paulo (R$ 5,39 bi) e Rio de Janeiro (R$ 1,05 bi).

Em todo o País, a ANA considera urgente o emprego de R$ 22,2 bi em obras para garantir um abastecimento fora de riscos, conforme O POVO divulgou ontem. Se isto não for feito em, no máximo, quatro anos, pode faltar água em 3.059 cidades brasileiras.

Faltam projetos
Quanto maior a cidade (e, consequentemente, o sistema de abastecimento), mais complicada é a intervenção por melhorias. Contudo, para ela acontecer, é obrigatória a apresentação de projetos ao Governo Federal.

Algo em falta. “Mais da metade dos municípios que correm risco de ficar sem água não tem projeto algum. Apesar de o horizonte parecer de médio prazo (2015), o quanto antes se agir, melhor”, explica o especialista em recursos hídricos da ANA, Sérgio Ayrimoraes.

No Governo do Ceará, a tese de faltar água nas 133 cidades é descartada. Apesar de admitir o perfil do Estado como de escassez do recurso, a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) diz que a construção de açudes, adutoras e canais garante o serviço.

Em Fortaleza, o presidente do órgão assegura água até 2030. “Você pode ter, aqui ou acolá, numa seca extrema, um racionamento. Mas não um colapso hídrico”, pontua Francisco José Coelho Teixeira.

Enaltecendo o Eixão das Águas e a interligação do rio São Francisco, ele antevê abastecimento certo para todo o Interior. “Estamos com uma dezena de reservatórios em construção. Estamos adiantados em termos de infraestrutura hídrica”, considerou.

E agora

ENTENDA A NOTÍCIA
Sem a melhoria das redes de abastecimento, pode ficar inviável a sobrevivência do homem no Interior, visto que efeitos do aquecimento global já podem ser sentidos. Por isto, as melhorias no sistema são mais do que urgentes.

MAIS

No Ceará, a Cagece é a responsável pelo abastecimento de água de 83% do território. A Cogerh gerencia e monitora os recursos.

Em nota, a Companhia disse que tem a previsão de investir mais de R$ 380 milhões no setor em 2011.

Em quatro anos, o consumo de água no Ceará saltou de 160.823.254 metros cúbicos, em 2004, para 212.119.185 metros cúbicos em 2010.

Roraima é o estado que tem a menor demanda de investimento em abastecimento. Precisa apenas de R$ 8,15 milhões.

O relatório da ANA lista, ainda, o pacote de obras previsto para acontecer em cada estado até 2025, ano em que novos projetos de abastecimento precisariam ser executados.

ACARAÚ

O abastecimento urbano de água do município de Acaraú precisa de melhorias e adequação ao sistema já existente. Os investimentos em novos mananciais representam 34% do total previsto para o Estado, correspondendo a R$ 348 milhões.

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