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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

AEROGERADORES NO CEARÁ: Empresa Indiana procura cidade cearense para instalar industria


A empresa indiana produtora de aerogeradores vai anunciar em 45 dias a cidade cearense que vai receber a indústria de pás

O Ceará vai receber uma fábrica de aerogeradores da indiana Suzlon. Com investimentos de R$ 30 milhões, a primeira fase do empreendimento terá capacidade para produzir 300 pás de aerogeradores e deve começar a produzir em março de 2012, segundo informou o presidente da empresa Arthur Lavieri. Serão gerados cerca de 200 postos de trabalho na indústria.

A operação vai começar com a produção das pás do modelo S95. "A medida que for aumentando a demanda, a fábrica será ampliada e vai produzir, em uma segunda fase, o hub, e na terceira fase, os painéis elétricos de geração de energia", explicou Lavieri, ao apresentar os novos modelos de aerogeradores da Suzlon ao mercado brasileiro. A empresa lançou, ontem, em Fortaleza as turbinas S95 e S97, da família de aerogeradores S9X, com capacidade de geração de 2,1 megawatts (MW).

Os novos produtos têm como plataforma o modelo S88, mas com mudanças no desempenho e na geração de energia. "Os diferenciais são a manutenção mais fácil, o sistema automático de lubrificação, menos ruído e vibração, gerador elétrico com dupla alimentação, o que gera mais energia", explica Lavieri. "O S97 tem um rotor de 97 metros, isso quer dizer, nove metros a mais que o S88 e, assim, uma área maior para captar energia". Os novos modelos também têm a capacidade de operação das torres em baixo regime de ventos, o que significa a manutenção da capacidade de geração de energia mesmo quando os ventos se tornam mais fracos, tornando os equipamentos adaptáveis a condições climáticas variadas. "O S97 produz até 18% mais energia que os modelos anteriores", compara o presidente da Suzlon.

Há um mês a unidade da empresa na Índia começou a produzir estes novos modelos e já tem três contratos assinados com parques de energia eólica na Austrália, Nova Zelândia e Índia, o que representam 50 máquinas. "Esperamos para os próximos 30 a 45 dias anunciar o primeiro contrato com o Brasil", projeta Lavieri.

Neste prazo, a empresa também deve anunciar qual cidade do Ceará vai receber a fábrica de aerogeradores. "Estamos trabalhando com três possibilidades", afirma o presidente da Suzlon, mas sem revelar os destinos possíveis. "Estamos em negociação com o governo do Estado. Pedimos infraestrutura, terreno e apoio tributário".

Os aerogeradores S88 da Suzlon estão presentes em dez parques do Ceará, gerando 382 MW, o que representa 45% da energia eólica do Brasil. São 182 turbinas, no total. A partir de fevereiro do próximo ano, outros noves parques começam a ser construídos e vão receber aerogeradores S88 da Suzlon, sendo seis no Ceará, dois no Rio Grande do Norte e um na Paraíba, somando 400 MW. Da série beta dos novos modelos, dois postes estão instalados na Paraíba. Lavieri diz que a produção da fábrica do Ceará será voltada, em um primeiro momento, para o mercado interno. "O Brasil concentra 70% da produção de energia eólica na América Latina", afirma. "É uma energia limpa, não queima, não inunda áreas. O Brasil busca a diversificação da matriz energética. A eólica representa 0,90% da potência instalada. Se seguir a meta dos países ricos, deve alcançar 20% em 2020". O investimento de uma nova fábrica no Ceará deve-se, segundo Lavieri, a posição geográfica do Estado, incentivos do governo e a estrutura já montada em Fortaleza, onde um escritório monitora as 182 torres 24 horas.

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