Negócios da ordem de R$ 25 milhões devem movimentar a Frutal 2010 - 17ª Semana Internacional da Fruticultura, Floricultura e Agroindústria, que ocorrerá de 13 a 16 de setembro, no Centro de Convenções, em Fortaleza (CE). No evento, que contará com 320 estandes e 220 palestrantes de todo o País, são esperados aproximadamente 35 mil visitantes. No ano passado, foram gerados R$ 23 milhões a partir do Frutal, o que serve de base para um crescimento de 8,6% este ano.
Os números, estimados por Euvaldo Bringel Olinda, presidente do Instituto Frutal - instituição promotora da Feira, servirão de impulso para ampliar as exportações do setor em 2010. Segundo Bringel, a expectativa é que as exportações de frutas no Ceará terminem o ano em US$ 115 milhões, o que corresponde a 9,5% de expansão em relação aos US$ 105 milhões exportados pelo segmento em 2009 no Estado.
A exportação de sucos de frutas prevista para este ano é de US$ 25 milhões. Caso se confirme, o valor irá superar em 20,19% o montante faturado com as vendas externas do produto no ano passado (US$ 20,8 milhões), devendo seguir com a tendência de alta verificada nos últimos três anos (de 2006 a 2009) quando a venda de suco cearense a outros países saltou 126%, passando de US$ 9,2 milhões para US$20,8 milhões.
Em relação às flores, Bringel espera que as vendas ao mercado externo continuem no mesmo patamar do ano passado, na casa dos US$ 5 milhões.
Segundo ele, o volume de divisas só não será maior porque o setor ainda terá que passar por soluções de logística. "Faltam navios cargueiros para levar nossa produção de flores à Europa", observa.
Outros entraves que permeiam o setor são o Custo Brasil, a baixa escolaridade e a alta carga tributária. "Os tributos oneram nossos produtos lá fora. Eles aumentam o custo da empresa, pesando na folha de pagamento, e tirando a competitividade dos produtos brasileiros. O resultado é que isso incide sobre o preço final, tornando o produto mais caro ao consumidor", explica.
Em relação à escolaridade, Bringel se queixa que o Norte e o Nordeste têm as piores bases do País. "Na área rural, então, ainda é pior. Para produzir material mais elaborado é preciso pessoas mais preparadas para incorporarem novas tecnologias ao dia a dia", diz o presidente do Instituto Frutal.
A observância do problema, conforme ele, influenciou a escolha do tema da Frutal 2010: "Educação e CT&I Como Indutores do Desenvolvimento". Para Bringel o acesso à informação e tecnologia conseguiu transformar o sol em aliado no Ceará. "Viramos referencia no mundo em frutas tropicais. Porém, ainda somos vitimas da baixa escolaridade", observa.
O presidente do Instituto Frutal lembra que, apesar dos entraves, muitos saltos qualitativos ocorreram nos últimos anos, devido a união do setor e outras condições favoráveis. "A infra estrutura melhorou, a partir da ligação das estradas aos polos de irrigação. Hoje os pólos do Baixo Acaraú e do Tabuleiro de Russas têm potencial para duplicar a produção", afirma. Segundo Bringel, nesses 17 anos de existência, a Frutal conseguiu unir forças de bancos, instituições tecnológicas, empresas de assistência técnica e de apoio a exportação, que fortaleceram o segmento. "Contamos com condições favoráveis com sol o ano inteiro, proximidade com os portos da Europa, transporte aéreo e a rede viária ligando os portos aos polos de irrigação".
NOVIDADE
Produtores rurais receberão prêmios
A Frutal traz esse ano o I Prêmio Institucional Agropólos de Inovação Rural voltado a produtores rurais residentes no Ceará. O primeiro lugar ganhará R$ 2,5 mil. O segundo, R$ 1,5 mil. E o terceiro lugar R$ 1 mil. Outro destaque é a XII Agroflores que acontece em parceria com o Frutal 2010. Com uma programação variada, os interessados poderão participar de cursos técnicos, palestras, workshop, seminários e oficinas. Para participar dos cursos oferecidos na Frutal 2010, é necessário inscrever-se em www.frutal.org.br.
Rodada de negócios
Em 2010, a exemplo das edições anteriores da feira, a rodada de negócios deverá ser organizada pelo Sebrae. Os participantes terão oportunidade a realizar negócios com empresas de grande e pequeno porte, realizar de parcerias e intercâmbio nacional e internacional e conhecer mercados potenciais para negócios futuros. As vantagens oferecidas são agenda de negócios conforme o perfil da empresa, tradutores, promoção da empresa na Europa e América Latina, assistência durante a rodada, seminários com especialistas internacionais.
ÂNGELA CAVALCANTE
REPÓRTER
Os números, estimados por Euvaldo Bringel Olinda, presidente do Instituto Frutal - instituição promotora da Feira, servirão de impulso para ampliar as exportações do setor em 2010. Segundo Bringel, a expectativa é que as exportações de frutas no Ceará terminem o ano em US$ 115 milhões, o que corresponde a 9,5% de expansão em relação aos US$ 105 milhões exportados pelo segmento em 2009 no Estado.
A exportação de sucos de frutas prevista para este ano é de US$ 25 milhões. Caso se confirme, o valor irá superar em 20,19% o montante faturado com as vendas externas do produto no ano passado (US$ 20,8 milhões), devendo seguir com a tendência de alta verificada nos últimos três anos (de 2006 a 2009) quando a venda de suco cearense a outros países saltou 126%, passando de US$ 9,2 milhões para US$20,8 milhões.
Em relação às flores, Bringel espera que as vendas ao mercado externo continuem no mesmo patamar do ano passado, na casa dos US$ 5 milhões.
Segundo ele, o volume de divisas só não será maior porque o setor ainda terá que passar por soluções de logística. "Faltam navios cargueiros para levar nossa produção de flores à Europa", observa.
Outros entraves que permeiam o setor são o Custo Brasil, a baixa escolaridade e a alta carga tributária. "Os tributos oneram nossos produtos lá fora. Eles aumentam o custo da empresa, pesando na folha de pagamento, e tirando a competitividade dos produtos brasileiros. O resultado é que isso incide sobre o preço final, tornando o produto mais caro ao consumidor", explica.
Em relação à escolaridade, Bringel se queixa que o Norte e o Nordeste têm as piores bases do País. "Na área rural, então, ainda é pior. Para produzir material mais elaborado é preciso pessoas mais preparadas para incorporarem novas tecnologias ao dia a dia", diz o presidente do Instituto Frutal.
A observância do problema, conforme ele, influenciou a escolha do tema da Frutal 2010: "Educação e CT&I Como Indutores do Desenvolvimento". Para Bringel o acesso à informação e tecnologia conseguiu transformar o sol em aliado no Ceará. "Viramos referencia no mundo em frutas tropicais. Porém, ainda somos vitimas da baixa escolaridade", observa.
O presidente do Instituto Frutal lembra que, apesar dos entraves, muitos saltos qualitativos ocorreram nos últimos anos, devido a união do setor e outras condições favoráveis. "A infra estrutura melhorou, a partir da ligação das estradas aos polos de irrigação. Hoje os pólos do Baixo Acaraú e do Tabuleiro de Russas têm potencial para duplicar a produção", afirma. Segundo Bringel, nesses 17 anos de existência, a Frutal conseguiu unir forças de bancos, instituições tecnológicas, empresas de assistência técnica e de apoio a exportação, que fortaleceram o segmento. "Contamos com condições favoráveis com sol o ano inteiro, proximidade com os portos da Europa, transporte aéreo e a rede viária ligando os portos aos polos de irrigação".
NOVIDADE
Produtores rurais receberão prêmios
A Frutal traz esse ano o I Prêmio Institucional Agropólos de Inovação Rural voltado a produtores rurais residentes no Ceará. O primeiro lugar ganhará R$ 2,5 mil. O segundo, R$ 1,5 mil. E o terceiro lugar R$ 1 mil. Outro destaque é a XII Agroflores que acontece em parceria com o Frutal 2010. Com uma programação variada, os interessados poderão participar de cursos técnicos, palestras, workshop, seminários e oficinas. Para participar dos cursos oferecidos na Frutal 2010, é necessário inscrever-se em www.frutal.org.br.
Rodada de negócios
Em 2010, a exemplo das edições anteriores da feira, a rodada de negócios deverá ser organizada pelo Sebrae. Os participantes terão oportunidade a realizar negócios com empresas de grande e pequeno porte, realizar de parcerias e intercâmbio nacional e internacional e conhecer mercados potenciais para negócios futuros. As vantagens oferecidas são agenda de negócios conforme o perfil da empresa, tradutores, promoção da empresa na Europa e América Latina, assistência durante a rodada, seminários com especialistas internacionais.
ÂNGELA CAVALCANTE
REPÓRTER
Fonte: Jornal Diário do Nordeste
Um comentário:
Olá! Obrigado por sua noticia. Acho que na verdade a situação não é tão diferente em outros países de América Latina, é mesmo um acontecimento regional que beneficia cada vez mais o setor agropecuário. Aproveito para deixar um link para um site de agronegócios no brasil, com informação que amplia sua reportagem.
Ricardo
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