
As policlínicas prometem desafogar hospitais da rede secundária do Interior e centros de especialidades da Capital, levando para perto da população exames e consultas de média complexidade. O novo modelo de gestão promete nova dinâmica na saúde estadual
É difícil contratar médicos especialistas e financiar um hospital que atenda a população até dez municípios com verba de uma única prefeitura. Essas são duas causas sempre citadas quando se fala nos problemas de interiorização da saúde. O Governo do Estado acredita que pode começar a mudar essa dinâmica com a abertura de 21 policlínicas.
Elas prometem descentralizar a realização de exames e consultas especializadas. Hoje, ou se recorre aos hospitais de média complexidade, já superlotados, ou o paciente é obrigado a vir a Fortaleza para uma endoscopia, por exemplo. Atualmente, 6.790 pessoas esperam cerca de cinco meses para realizar uma endoscopia. As policlínicas vão realizar exames como ecografias, endoscopias, eletroencefalogramas e mamografias. Algumas terão inclusive tomógrafo. Treze especialidades vão integrar o corpo médico - nutrição, psicologia e fisioterapia estão na lista.
O secretário de saúde estadual, Arruda Bastos, minimiza as dificuldades atuais. ``Não vou por esse lado de ter dificuldade de arranjar o profissional porque é Interior. Estamos justamente tirando da Capital e levando pro Sertão com o intuito de mudar uma cultura de que tudo de bom só existe na Capital``, diz. ``Quem trabalhar na policlínica vai estar num equipamento de ponta``.
Além de reduzir os encaminhamentos para hospitais da rede secundária e para os terciários em Fortaleza, as policlínicas são a esperança de instalar no Interior uma nova dinâmica. ``Temos dificuldade de manter a equipe do Programa Saúde da Família (PSF), principalmente médicos. Falta uma segunda opinião, uma referência, muitas vezes o paciente necessita de acompanhamento com especialista e o médico do PSF tem dificuldade de referenciar, sente-se sozinho``, diz Arruda.
Início em Tauá
Elas prometem descentralizar a realização de exames e consultas especializadas. Hoje, ou se recorre aos hospitais de média complexidade, já superlotados, ou o paciente é obrigado a vir a Fortaleza para uma endoscopia, por exemplo. Atualmente, 6.790 pessoas esperam cerca de cinco meses para realizar uma endoscopia. As policlínicas vão realizar exames como ecografias, endoscopias, eletroencefalogramas e mamografias. Algumas terão inclusive tomógrafo. Treze especialidades vão integrar o corpo médico - nutrição, psicologia e fisioterapia estão na lista.
O secretário de saúde estadual, Arruda Bastos, minimiza as dificuldades atuais. ``Não vou por esse lado de ter dificuldade de arranjar o profissional porque é Interior. Estamos justamente tirando da Capital e levando pro Sertão com o intuito de mudar uma cultura de que tudo de bom só existe na Capital``, diz. ``Quem trabalhar na policlínica vai estar num equipamento de ponta``.
Além de reduzir os encaminhamentos para hospitais da rede secundária e para os terciários em Fortaleza, as policlínicas são a esperança de instalar no Interior uma nova dinâmica. ``Temos dificuldade de manter a equipe do Programa Saúde da Família (PSF), principalmente médicos. Falta uma segunda opinião, uma referência, muitas vezes o paciente necessita de acompanhamento com especialista e o médico do PSF tem dificuldade de referenciar, sente-se sozinho``, diz Arruda.
Início em Tauá
A primeira das 21 policlínicas será inaugurada em julho em Tauá. O edital de convocação dos profissionais já está no site da Sesa. Outras seis policlínicas serão abertas na sequência em Acaraú, Baturité, Camocim, Campos Sales, Pacajus e Russas. Todas as 21 unidades tiveram a ordem de serviço assinada. A abertura de dois hospitais-polo de alta complexidade, um no Cariri, em julho, outro em Sobral, em janeiro, também são apostas de mudança concreta.
``Temos universidades, os médicos vão querer ficar na região. Tem que ter vínculo``, vislumbra Arruda. O presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems), Policarpo Barbosa, acredita que a infraestrutura e ``o aglomerado tecnológico`` podem conseguir, a médio e longo prazo, a interiorização do médico. ``Se não tem educação continuada, o médico fica isolado``.
O modelo de gestão das policlínicas é outro vetor de mudança. Elas serão consórcios públicos de saúde. Isso quer dizer que o financiamento e a gestão serão compartilhados elos municípios que vão usufruir do serviço e pelo Estado. É a primeira vez que esse modelo é adotado no Nordeste. ``A expectativa é de que a policlínica não acarrete mais peso, ao contrário, ela vai fortalecer parcerias e as próprias secretarias de saúde municipais``, espera Arruda.
Mariana Toniatti
marianatoniatti@opovo.com.br
marianatoniatti@opovo.com.br
Fonte: Jornal O Povo
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