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segunda-feira, 3 de maio de 2010

MEIO AMBIENTE: TV Verdes Mares faz matéria sobre Área ambiental devastada em Acaraú

 
Na região norte, uma denúncia séria. Pescadores de Acaraú dizem que uma area de preservação ambiental está sendo devastada.

Depois o trajeto de 2 quilômetros é feito a pé, é possível ver áreas de mangue destruídas. O pescador Francisco Pinto nem reconhece mais o local onde pescou por mais de 30 anos.

Pelo menos 50 hectares de mangue foram totalmente devastados, apesar de essa ser uma área de preservação permanente. E o pior, segundo os moradores, aqui foi usado produto químico e por este tronco dá para ver que o desmatamento foi com serra elétrica, o que é proibido pela lei de crimes ambientais.

Segundo os pescadores, o responsável pela devastação que está sendo feita há 1 ano, é o dono de um viveiro de camarões, em Acaraú. Um homem que já trabalhou para o empresário conta como é a ação.

Segundo outro pescador que costumava retirar crustáceos à noite no local, quem se aproximar, é ameaçado.

A destruição da vegetação nativa já trás conseqüências graves. O solo antes úmido, está ressecado como se fosse o sertão. Os animais estão morrendo sem sombra e algumas espécies nem são mais encontradas.

Salatiel Rebouças Silva é o empresário que a comunidade se refere. Ele recebeu nossa equipe na fazenda de camarões dele que tem 500 hectares. Segundo afirma, 200 são de mangue e assume que existe uma área desmatada, mas não por ele.

O dono da fazenda diz ainda que não tem como fazer a segurança da área total.

O caso de Cauaçu em Acaraú já foi denunciado às autoridades e até agora a comunidade espera por uma resposta. Sobre esse caso, foi aberto um inquérito pela polícia federal que encaminhou à 12ª vara da Justiça Federal e ainda aguarda julgamento. Segundo o Ministério Público Federal, nada pode ser realizado enquanto não for feito o julgamento do caso.

O Ibama informou que providências já foram tomadas. Segundo o chefe de fiscalização, Rolfran Ribeiro, um dono do criatório de camarão foi multado em 60 mil reais. Um laudo técnico comprovou que o desmatamento foi realizado numa area de preservação ambiental.

Rolfran Ribeiro disse ainda que a área foi embargada pelo Ibama.

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