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terça-feira, 25 de maio de 2010

CAGED: Acaraú tem resultado negativo na geração de emprego nos ultimos 12 meses

 
O Interior do Ceará registra os maiores saldos de geração de emprego formal em Sobral, em primeiro lugar, seguido por Maracanaú, Eusébio, Horizonte, Juazeiro do Norte, Maranguape, Aquiraz, São Gonçalo do Amarante, Iguatu, Caucaia e Russas. Este é o resultado acumulado nos últimos 12 meses encerrados em abril, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O diretor de Estudos e Pesquisas do IDT (Instituto de Desenvolvimento do Trabalho), Junior Macambira, destaca que a criação de postos de trabalho formais ainda se concentra na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), que é o caso, de acordo com a análise do período de um ano, de Maracanaú, Eusébio, Horizonte, Maranguape, Aquiraz, São Gonçalo do Amarante e Caucaia.

Em igual intervalo, os municípios cearenses com os maiores saldos negativos são Limoeiro do Norte (-288), Pacatuba (-166), Itapajé (-130) e Acaraú (-126). Em Limoeiro do Norte, a agropecuária puxou o resultado com saldo negativo de 759 vagas no mercado de trabalho. Pacatuba e Itapajé sentiram os efeitos da indústria e registraram perdas de 226 e 174 postos de trabalho, respectivamente. Em Acaraú, foi a construção civil que deixou de gerar 67 novos empregos formais.

Sobral se destaca

A 233 quilômetros de Fortaleza, na região Norte, Sobral, líder no Interior do Estado na geração de emprego, registrou 6.940 novas vagas em abril, no acumulado de 12 meses. O saldo é a diferença entre 16.112 admissões e 9.172 desligamentos.

O principal setor por este desempenho é a indústria de transformação, que gerou 5.255 novas vagas no período. Macambira ressalta a participação da Grendene na cidade. "É uma empresa que apesar da sazonalidade faz diferença no município pelo quantitativo de empregados", avalia.

De janeiro a abril deste ano, Sobral, no entanto, anota saldo negativo na geração de emprego, com perdas de 21 vagas. O resultado é puxado pela indústria (-773). Por outro lado, a construção civil, comércio e serviço registraram saldos positivos, 217, 216 e 323, respectivamente, no quadrimestre.

RMF

De acordo com Macambira, do IDT, a Região Metropolitana concentra a criação de emprego formal, respondendo por 70% das vagas geradas no Estado.

"No quadrimestre, a maior eliminação de postos está no interior", compara. Ele diz que isso acontece pela "forte presença de um mercado regulado, fiscalizado" nas cidades da RMF. "Sem fiscalização, os empregos no interior estão na informalidade", analisa o diretor do IDT. "Isso ocorre em outros estados também".

Entraves

Além disso, ele aponta como entraves a elevada carga tributária, que inibe os micros e pequenos empresários de reunirem condições para formalizar os funcionários e barra a competitividade. A burocracia, a ausência de crédito e a rotatividade da mão-de-obra são outros problemas. "Algumas médias empresas assinam a carteira de um pequeno grupo em detrimento de um grupo maior". Na RMF, com exceção de Fortaleza, Maracanaú lidera a criação de empregos formais nos últimos 12 meses. Foram 4.451 novas vagas, com influência da indústria (2.508), construção civil (370), comércio (751) e serviços (792). Em 2º lugar, aparece Eusébio (3.042) com contribuições da indústria de transformação (1.072) e serviços (1.107). Em terceiro, Horizonte (3.034), com impacto positivo da indústria (2.739). Segundo Macambira, o governo investe em "projetos de médio prazo em áreas estratégicas" a fim de desenvolver o mercado de trabalho.


CAROL DE CASTRO
REPÓRTER

Fonte: Jornal Diário do Nordeste

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