
O engenheiro agrônomo e mestre em irrigação e drenagem, Rômulo Cabral, leitor deste blog e apaixonado pelo tema, diz, a respeito de nota aqui publicada que tratou da baixa performance do Perímetro Irrigado Baixo Acaraú: “Infelizmente, essa situação retrata o descaso.
Mesmo possuindo uma estrutura formidável, o projeto foi concebido e implementado sob a égide de uma legislação de irrigação ultrapassada, daí seus pífios resultados. Trabalhos de instituições internacionais, dos quais participei, atestam que irrigação é um negócio.
Não há espaço para paraquedistas. O polo Petrolina-Juazeiro deu certo pela intervenção da Codevasf, que selecionou irrigantes com visão de negócios. Como se implanta um projeto sem ter um plano de negócios? Por que está sendo implantada a 2ª etapa do Baixo Acaraú se mais da metade da 1ª encontra-se ociosa? Seria mais lógico ocupar e utilizar, antes, toda a 1ª etapa, gerando emprego e renda, do que jogar mais dinheiro público em uma estrutura pesada como a de irrigação para ficar ociosa também. Infelizmente, o foco ainda é a engenharia, a obra.
O que fazer com essa estrutura, como gerenciar e obter os benefícios que poderiam ser obtidos eis a grande questão que atravessa séculos e gestões, e que nos parece não ser prioritário”.
Fonte: Blog do Egidio Serpa
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