ACARAÚ SEM TERMINAL RODOVIÁRIO, ATÉ QUANDO?

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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

PERIMETRO IRRIGADO DE ACARAÙ: Assistência técnica pode parar por falta de verba


Perímetros irrigados do Nordeste podem ficar sem assistência técnica por falta de pagamento que está em atraso

Acaraú. A assistência técnica do consórcio Magna/Cetrede (Centro de Treinamento e Desenvolvimento) em 21 perímetros de irrigação administrados pelo Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), no Nordeste, corre o risco de paralisação das atividades. Há três parcelas em atraso e a persistir a falta de pagamento, o trabalho poderá ser suspenso ainda esta semana. São 6.000 famílias atendidas e 160 técnicos contratados para o projeto de orientação e extensão rural.

O consórcio Magna/Cetrede venceu a licitação para a assistência técnica e assinou contrato anual no valor de R$ 22,5 milhões com o Dnocs, em março passado. No campo, as atividades começaram em junho passado, após seleção e treinamento da equipe técnica. Até o fim do mês passado, só haviam sido liberados R$ 2,7 milhões de um empenho no valor de R$ 7 milhões. Em face do atraso na liberação dos recursos, as equipes já trabalham com infra-estrutura mínima no campo.

A situação atual traz preocupação para os coordenadores do consórcio, diretores do Dnocs, técnicos e produtores rurais. "Temos compromisso com os agricultores, mas não há como manter as despesas sem o repasse das verbas por parte do Dnocs", explicou o coordenador regional do consórcio Magna/Cetrede, Sildenberny Souza. "Infelizmente, mal o trabalho começou já pode sofrer paralisação", lamenta ele.

No Ceará, a assistência técnica começou ao mesmo tempo nos perímetros de Baixo Acaraú, Icó, Tabuleiro de Russas, Jaguaribe Apodi, Araras Norte, Morada Nova, Curu Paraipaba e Curu - Recuperação. O consórcio Magna - Cetrede também realizará orientação aos produtores de mais 13 distritos de irrigação nos Estados da Bahia, Piauí, Pernambuco, Maranhão e Paraíba.

No ano em que o Dnocs comemora 100 anos de existência, o órgão redireciona sua política administrativa também para a orientação técnica aos agricultores, que há décadas vivem nos distritos de irrigação. A idéia não se limita à assistência técnica, mas procura alcançar a inclusão social das famílias dos colonos, melhorar a auto-estima dos produtores e dos filhos destes e profissionalizar os produtores rurais para a exigência do mercado atual, que está mais competitivo e tecnológico.

Dificuldades

As dificuldades atuais relacionam-se com o atraso na liberação das parcelas que traz dificuldades para o consórcio manter a folha mensal de pagamento e o custeio das despesas. Essa situação é reconhecida pelo Dnocs. O coordenador estadual do órgão, Eduardo Segundo, esclareceu que os recursos dependem de liberação do Ministério da Integração Nacional. "Tão logo o Dnocs receba a verba, será repassada para o consórcio", explicou. "Estamos fazendo um grande esforço para resolver esse pendência", garantiu.

Eduardo Segundo contou que a direção do Dnocs já esteve por três vezes em audiência em Brasília, cobrando uma solução urgente para a situação que considera preocupante. "Com certeza, traz preocupação para todos nós. Esperamos resolver esse problema ainda esta semana", assegurou o coordenador.

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