ACARAÚ SEM TERMINAL RODOVIÁRIO, ATÉ QUANDO?

Páginas

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Baixo Acaraú pode receber indústria

Acaraú. O Perímetro de Irrigação Baixo Acaraú, do Dnocs, vai receber o reforço de uma indústria do grupo Arbeit, que tem três fábricas de sucos em São Paulo, para a produção de polpa de mamão, abacaxi, caju, goiaba, acerola e maracujá. O controlador da empresa, Oscar Müller, disse, ao visitar o projeto, que pensa em fazer a unidade de processamento para reduzir o custo de aquisição de polpa e que pretende investir na aquisição de 200 a 500 hectares no local.

Oscar Müller disse estar interessado em firmar contrato com o produtor. “O que ele produzir, a gente compra”, afirmou. Em 2008, este perímetro produziu R$ 9,4 milhões com fruticultura, sendo R$ 2,4 milhões gerados pela banana; R$ 1,4 milhão pela melancia; e R$ 1,26 milhão pelo mamão; R$ 1 milhão pelo milho em espiga, além de outras 24 culturas.

Para Antônio dos Santos, de um grupo de nove produtores que plantou 40 hectares de goiaba — em abril já começa a poda de produção —, o empreendimento abre um leque na ocupação do projeto, que tinha como preocupação atrair uma indústria. “Torço para que o trabalho dê certo”, disse ele.

Hoje, estão em produção 31% dos lotes do Baixo Acaraú, que tem área irrigável de 8.426 hectares implantados na primeira etapa. Foi iniciada em abril a implantação da segunda etapa do perímetro, já executada em 10,36% da programação, que prevê investimento de R$ 102 milhões até julho de 2010, disse Cristina Peleteiro, diretora de Infraestrutura Hídrica do Dnocs, que acompanhou a visita com o diretor de Desenvolvimento Tecnológico e Produção, Felipe Cordeiro.

“Os lotes empresariais da segunda etapa serão licitados em parceria com a Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece)”, disse o diretor-geral do Dnocs, Elias Fernandes. O presidente da Adece, Antônio Balhmann, assegurou a Müller que o Governo do Estado dará toda a infra-estrutura à indústria de polpa e incentivo fiscal para que tenha competitividade fora do Ceará. Müller destacou “o modelo da gerência independente do Estado a cargo da organização dos próprios produtores do Distrito de Irrigação. O perímetro tem controle fitossanitário. O produto é isento de doenças. Não conheço nenhum projeto assim”.

Com 3.872 hectares, os produtores são donos de 478 lotes da 1ª etapa do projeto. Mais 91 ha são de profissionais de ciências agrárias e 3.248 ha de 54 empresários. Para a segunda etapa, estão previstos 2.520 ha para 315 pequenos produtores; 608 ha para 315 profissionais de ciências agrárias e 1.040 ha para 13 empresas.

Nenhum comentário: