O atendimento ainda não se normalizou após o curto-circuito que causou princípio de incêndio no Instituto Doutor José Frota (IJF) na última terça-feira. O hospital sofre com a ineficiência dos postos de saúde e das prefeituras do Interior que, além de abarrotarem o Frotão de pacientes, os transporta de forma irregular, ou seja, sem antes consultar o Centro de Leitos do Estado.
Foi o que aconteceu, ontem de manhã, à dona-de-casa Maria Vilma de Araújo, vítima de uma batida de motos em Russas e teve sua perna direita quebrada. Ela foi encaminhada ao Frotão. "Todos os dias, atendemos casos como esses", queixa-se o diretor da emergência do IJF, médico Rommel Araújo.
Poucos minutos depois, chegou outra ambulância, desta vez, vinda de Acaraú e trazendo o aposentado Raimundo Sabino de Araújo, 73 anos.
Como se encontrava em estado bastante crítico, seu Raimundo foi transferido para o Hospital Geral de Fortaleza (HGF). O motorista da ambulância, Evandro Vidal, confessou que "a ordem que nós recebemos é para trazer para o Frotão que tudo já está acertado".
O apelo para que os casos de menor gravidade sejam resolvidos nos postos de saúde não encontra respaldo da população. O motivo é simples: esses locais não conseguem atender à grande demanda.
Joaquim Ferreira do Nascimento, aposentado, 68 anos, e que sofre de hipertensão se dirigiu ao posto do seu bairro, o Bom Sucesso. Não teve êxito.
"Há quatro dias, comecei a sentir uma forte dor de cabeça por causa de uma veia que inchou perto da orelha. Primeiramente, me mandaram ao Hospital de Messejana. Ali não fui atendido. Disseram que o meu caso é para ser medicado no posto de saúde. Cheguei lá, consegui vaga apenas numa fila de espera de vários dias", explicou.
O corretor imobiliário Edmundo Lima Aguiar, 56 anos, procurou o Frotão depois de tentar, sem sucesso, atendimento em um posto de saúde. "Acordei às 4 horas da manhã para pegar uma ficha. No horário marcado para a consulta, voltei para o atendimento. O médico faltou e me mandaram retornar daqui a uma semana", desabafou.
PERÍCIA
Frotão apura se ação criminosa causou pane
Um curto-circuito no banco de capacitadores, localizado na subestação 1, provocou o princípio de incêndio no Instituto José Frota (IJF) ocorrido na última terça-feira. A informação é do superintendente do hospital, Messias Barbosa, durante entrevista coletiva ontem à tarde.
Segundo ele, não está descartada que ação criminosa provocou o pane. "Para isso, temos três perícias diferentes em andamento. Uma do Corpo de Bombeiros, outra do Instituto de Criminalística do 34ª Distrito Policial e outra de uma empresa contratada pelo hospital".
Barbosa afirmou que os prejuízos chegam a R$ 1,2 milhão, com a recuperação de toda a rede, recapeamento, instalação de aparelhos de ares condicionados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e os reparos na própria subestação. O banco de capacitadores foi instalada somente há dois meses e serve como filtro para "limpar" a energia fornecida pela Coelce. "Foi uma fatalidade", afirma.
Até o próximo domingo, dia 11, promete o superintendente do hospital, o José Frota deverá estar com 100% de sua capacidade retomada. Por enquanto, voltaram a funcionar a emergência, a UTI pediátrica e duas de adultos, dois aparelhos de Raio-X e as áreas de risco.
Foi o que aconteceu, ontem de manhã, à dona-de-casa Maria Vilma de Araújo, vítima de uma batida de motos em Russas e teve sua perna direita quebrada. Ela foi encaminhada ao Frotão. "Todos os dias, atendemos casos como esses", queixa-se o diretor da emergência do IJF, médico Rommel Araújo.
Poucos minutos depois, chegou outra ambulância, desta vez, vinda de Acaraú e trazendo o aposentado Raimundo Sabino de Araújo, 73 anos.
Como se encontrava em estado bastante crítico, seu Raimundo foi transferido para o Hospital Geral de Fortaleza (HGF). O motorista da ambulância, Evandro Vidal, confessou que "a ordem que nós recebemos é para trazer para o Frotão que tudo já está acertado".
O apelo para que os casos de menor gravidade sejam resolvidos nos postos de saúde não encontra respaldo da população. O motivo é simples: esses locais não conseguem atender à grande demanda.
Joaquim Ferreira do Nascimento, aposentado, 68 anos, e que sofre de hipertensão se dirigiu ao posto do seu bairro, o Bom Sucesso. Não teve êxito.
"Há quatro dias, comecei a sentir uma forte dor de cabeça por causa de uma veia que inchou perto da orelha. Primeiramente, me mandaram ao Hospital de Messejana. Ali não fui atendido. Disseram que o meu caso é para ser medicado no posto de saúde. Cheguei lá, consegui vaga apenas numa fila de espera de vários dias", explicou.
O corretor imobiliário Edmundo Lima Aguiar, 56 anos, procurou o Frotão depois de tentar, sem sucesso, atendimento em um posto de saúde. "Acordei às 4 horas da manhã para pegar uma ficha. No horário marcado para a consulta, voltei para o atendimento. O médico faltou e me mandaram retornar daqui a uma semana", desabafou.
PERÍCIA
Frotão apura se ação criminosa causou pane
Um curto-circuito no banco de capacitadores, localizado na subestação 1, provocou o princípio de incêndio no Instituto José Frota (IJF) ocorrido na última terça-feira. A informação é do superintendente do hospital, Messias Barbosa, durante entrevista coletiva ontem à tarde.
Segundo ele, não está descartada que ação criminosa provocou o pane. "Para isso, temos três perícias diferentes em andamento. Uma do Corpo de Bombeiros, outra do Instituto de Criminalística do 34ª Distrito Policial e outra de uma empresa contratada pelo hospital".
Barbosa afirmou que os prejuízos chegam a R$ 1,2 milhão, com a recuperação de toda a rede, recapeamento, instalação de aparelhos de ares condicionados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e os reparos na própria subestação. O banco de capacitadores foi instalada somente há dois meses e serve como filtro para "limpar" a energia fornecida pela Coelce. "Foi uma fatalidade", afirma.
Até o próximo domingo, dia 11, promete o superintendente do hospital, o José Frota deverá estar com 100% de sua capacidade retomada. Por enquanto, voltaram a funcionar a emergência, a UTI pediátrica e duas de adultos, dois aparelhos de Raio-X e as áreas de risco.
FERNANDO MAIA E LÊDA GONÇALVES
REPÓRTERES
Fonte: Jornal Diário do Nordeste
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