Principal agente financiador do desenvolvimento econômico e social da região, o Banco do Nordeste, por meio do seu Escritório Técnico de Estudos Econômicos (Etene), financiará 70% dos R$ 1,3 milhão necessários à realização das pesquisas que, por encomenda da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece) , a Embrapa desenvolverá no Estado para a produção de maçãs e pêras, frutas de clima temperado. Os restantes 30% dos custos da pesquisa serão bancados pela Adece. A pesquisa durará três anos, ao fim do que o Estado do Ceará — se tudo sair como estão indicando os primeiros resultados das pesquisas semelhantes que a Embrapa desenvolve no polo fruticultor pernambucano de Petrolina — passará a produzir maçã e pêra para o mercado interno nordestino. Hoje, segundo informa Zuza de Oliveira, diretor de agronegócio da Adece, 100% dessas duas frutas consumidas nos Estados do Nordeste são importados do Sul, do Centro-Sul e da Argentina. “Estamos otimistas em relação a essas pesquisas, e os produtores da Univale, também. Afinal, a um só tempo, poderemos produzir frutas temperadas em clima tropical e, de quebra, reduzir em três mil quilômetros a distância entre os centros de produção e os de consumo. Será, sem dúvida, um novo tempo para o agronegócio”, diz Zuza. A pesquisa será feita em várias regiões do Ceará, incluindo o Vale do Jaguaribe e o Baixo Vale do Acaraú.
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